Descrição
OBRA: Tentar caber – (2024)
ARTISTA: Mariana Schaefer
MEDIDAS: 150 x 100
TÉCNICA: Acrílica sobre tela
“Tentar Caber” é uma obra que capta a essência da luta diária por espaços e pertencimento dentro dos grupos sociais que a sociedade impõe. Com suas cores vibrantes e traços dinâmicos, a peça nos convida a refletir sobre a tensão constante entre a individualidade e a conformidade social.
As pinceladas entrelaçadas de amarelo, vermelho e rosa sobre um fundo azul evocam a sensação de movimento contínuo e esforço incessante. Esses traços podem ser vistos como representações das tentativas de cada indivíduo de encontrar seu lugar dentro de uma estrutura social rígida e muitas vezes excludente. O movimento das cores sugere uma dança complexa, onde cada traço luta para se destacar e ao mesmo tempo se encaixar no todo.
O amarelo, cor associada à esperança e à energia, simboliza o desejo de reconhecimento e aceitação. No entanto, a presença de tons mais escuros e as explosões de tinta branca indicam os desafios e os obstáculos que surgem nesse processo. Essa interação de cores reflete a dualidade da experiência humana: o desejo de pertencer e o esforço necessário para se adaptar, muitas vezes resultando em uma sensação de conflito interno e externo.
“Tentar Caber” nos lembra que a sociedade frequentemente impõe normas e expectativas que moldam nosso comportamento e identidade. As linhas curvas e os respingos de tinta podem ser vistos como representações das pressões sociais que nos empurram a nos conformar, muitas vezes à custa de nossa autenticidade. A obra questiona até que ponto estamos dispostos a nos moldar para caber em espaços que não foram feitos para nós, e o que perdemos no processo.
Essa luta por pertencimento não é apenas uma questão de adaptação, mas também de resistência. A obra sugere que, mesmo quando tentamos nos encaixar, nossas verdadeiras cores e formas acabam emergindo, desafiando as restrições impostas. “Tentar Caber” nos encoraja a refletir sobre a importância de criar espaços mais inclusivos e flexíveis, onde a diversidade de experiências e identidades possa florescer sem a necessidade de se encaixar perfeitamente em moldes preestabelecidos.
Em última análise, “Tentar Caber” é uma poderosa metáfora visual da jornada humana por aceitação e reconhecimento, convidando o espectador a considerar as complexidades e as nuances dessa luta diária. A obra nos lembra que a verdadeira pertença é alcançada não através da conformidade, mas da celebração das nossas diferenças e da criação de espaços onde todos possam ser verdadeiramente eles mesmos.
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